Tuesday, January 24, 2006


Meu assento veio vago partindo de Manaus. No primeiro ponto um venezuelano sentou-se. Depois uma alema, que mora em Boa Vista. Pessoas interessantes. Conversamos ate a fronteira. Em Santa Elena de Uáiren o ônibus quebra. Uma hora sem saber o que fazer. Todos foram almocar. O prato? Pollo! Na rodoviária tivemos que cambiar de ônibus. A mesma moça era a cobradora, vendedora de bilhetes, administradora... só faltava dirigir também. O que nao seria uma surpresa. O balaio? Uma zona total. Musiquinha caribenha (estilo Reggaeton) o tempo todo! Queira ou nao. Nao há muita alternativa. Várias barreiras militares pelo país. Até Caracas, destino distante 40h de Manaus. De uma rodoviária para a outra (La Bandera) e daí para Maracay e daí para Tucacas, onde passa-se a noite. 5 num quarto. Tinha ar condicionado pelo menos. Dia seguinte: Cayo Sombrero. Praiazinha no Caribe. Sem muita especificidade. ASpenas uma praia. Areia, Mar, Coqueiros. E a vida continua...

Thursday, January 19, 2006


Dia 3 de Manaus. Tempo nublado... chuvas esparsas. Esqueci de falar do Tacacá. Perguntei pra mulher, na rua, o que era isso. Ela abriu as panelas e disse: Tucupi, mais Goma, mais camarão, mais folha de... esqueci o nome. O esqueci é meu. Ela falou, mas não lembro. O gosto é meio que de taioba e tal. E vc recebe uma cumbuca pra tomar a sopa e um pedaço de espeto pra fincar os camarões e comer. Super massa! Só que é quente pacas. Pela pimenta e pelo calor que faz Manaus. Daí minha preocupação de acordar no hospital. Não é fácil. Hoje caminhei pelo centro, à procura de coisinhas pra comprar. E... acertou! Calcinhas e mais calcinhas! Entrei numa lojinha de discos. Comprei um importado, do Pará. 45 grandes sucessos da música brega! Fabulosíssimo! Parto hj (eu e as 4) pra Caracas. 40h de viagem. Vai dar tempo de decorar todas as canções! Vai ser bonita a viagem! Inesquecível aos ouvidos. Dizem que entrando na Venezuela o ônibus não para mais. Vai direto a Caracas. Tenho que comprar o frango e a farofa ainda. Quem sabe consigo uma grana promovendo um karaoke... Ah, sim. Tomei um suco de guaraná com açaí. Sabor de terra. Não curti muito aquela beterraba líquida. Sei lá. Devo sofrer as conseqüências dentro do ônibus...


Dia 2 de Manaus. Aqui vc molha de qualquer jeito. Se não pelo suor, pela chuva constante. Hoje amanheceu chovendo e foi assim o dia todo. Saí de meu super-hotel Titanic lá pelas 11. O hotel tem vários andares, sendo os mais altos, com janela, mais caros. Encontro-me na casa de máquinas... Até a cozinha fica acima de mim. Há uma escada metálica que interliga os andares e tal. Super Titanic... ou meio que estilo OZ. Tanto faz. É masomenos, de qualquer forma. Sobrevivi ao meu primeiro TACACÁ de ontem. Alívio ter acordado vivo e respirando! Não faz idéia! Recebi um telefonema. Meu celular agora é Amazônia Celular. Doido! Fechei a conta no hotel-cárcere-barco e fui lá, carregando minha mudança ambulante pra encontrar com Virgínia e Larissa no Shopping Amazonas. Estilo Minas Shopping... Ah, sim. Agora entendi. Por isso que é igual... Nome de estado... Shoppings padronizados... Ah, sim. Reolvemos algumas coisas. Principalmente mudanças de planos para antes e depois do Forum Social. O programa agora? Praia! Primeiro para Oeste e depois para Leste de Caracas. São 4 contra 1. Mas não me importo. Afinal, praia é tudo a mesma coisa. Água, areia, sol... Quero montanhas, mas será só daqui a um mês. Tudo bem, faço esse sacrifício então. Ainda não encontrei as lojas de eletrônicos. Somente calcinhas multicoloridas. Que diversão!

Tuesday, January 17, 2006


Cheguei inteiro em Manaus. Duas horas de fuso, por causa do maldito horário de verão. Aqui as coisas acontecem mais devagar. O conversar é cantado. O olhar lânguido. A internet, nem se fala. 3 reais a hora. Tinha lugar que era 2. Cheio de moleque jogando. Mas chegando no aeroporto fui abordado, seguido, cercado por gente oferecendo serviços de guia, hospedagem, entre outros. Tenho cara de turista por acaso? Fiquei-me indagando. "Do you speak english?" Um pouco, respondi. O cara saiu de mansinho. Brasileiro tá sem ibope em terra de turista. Mas peguei ônibus mesmo, pra ir ao centro de Manaus. Foi uma vendedora do aeroporto que me indicou. Simpática, chama-se Nice. O nome dela. Entregou-me um guia, com mapa e tudo mais. Despedi-me com um sorriso. De turista, com mochila e tudo mais. Cheguei no Hotel. Um tal de 10 de Julho. Nem sei o que aconteceu nesta data, mas tudo bem. 50 pilas o quarto! Foda mesmo. Uma atendente meio índia me levou ao quarto. Sem janela, no subsolo. Recusei na mesma hora e pedi pra trocar de quarto. Abuso desse povo! Amanhã vejo se consigo uma outra hospedaria. Boa parte da tarde de hoje passei procurando hotel. Havia uma avenida muito grande cheia de hotéis. Nas portas, lia-se: 10 reais a hora, ou tipo: Promoção! 10 reais duas horas... Achei melhor não arriscar por lá. Fica perto do porto. Aliá, que caos de porto! Acho que é o único comentário que posso fazer. O centro da cidade é um misto de Shopping Oiapoque, Galeria Xavantes e Mercado Central. Profusão de odores, cheiros, fedores... mas também de sujeira e desorganização. Não. Estou exagerando. Simplesmente fantástico! Vale a pena conhecer sim. Muito artesanato, roupas íntimas aos montes... Aliás, nunca vi tanta calcinha junta! E quantas cores! Nem sabia que tinha tanta cor assim pra calcinha! Incrível mesmo. Fiquei abismado. Mas fora as calcinhas, nada de muito interessante. Procurei até agora as lojas de equipamentos eletrônicos e bugingangas em geral. Não achei nenhuma. Só calcinhas, diga-se. Mas amanhã é um novo dia. Acho que vou comprar mais um Tampico de 1L no Carrefour e volto pro hotel. Escutar um pouco de Calypso e Daddy Yankee... Que é só isso mesmo que toca por aqui. Mas pelo menos vou poder tirar minha bota pra neve e calçar as hawaianas. Bão também!

Estou de partida hoje. Foda é que já escrevi isso ontem. E muitas outras coisas. O computador travou justamente na hora que estava falando de memória flash. Ano passado não usei nenhum filme de película para tirar foto. Uma vergonha. Apenas memória flash. Não me acostumei ainda com as fotos. Cor de monitor, na maioria das vezes. Não retrata. Apenas escaneia o real. Mas era isso. Vou primeiro pra Manaus. Fico uns dias, encontro com o pessoal e sigo pra Boa Vista e Santa Elena de Uáiren. Dizem que é um buraco. Traficantes, garimpeiros e turistas. Mistura explosiva. Ou não. Nunca se sabe. Quero também visitar o Km 88. Nome de um vilarejo às margens da estrada pra Caracas. Aí sim, dizem que não tem nada. Fica apenas no Km 88. Sugestivo nome pra uma cidade. Tipo Bonfim. São 7:36 agora. O vôo sai às 09:25. Tenho que apressar. Não posso esquecer as hawaianas. Nem a toalha, que sempre esqueço.